quarta-feira, 28 de setembro de 2011

SUSTENTABILIDADE: A HISTÓRIA DAS BARRIGUINHAS

Essa é uma idéia viável. Quem se arrisca?


"SEMI ÁRIDO VIÁVEL"
 Um projeto que está mudando a face da seca no Semi-árido e no Cerrado de nosso país. Ele é fruto da dedicação e criatividade de um brasileiro, o engenheiro agrônomo da Embrapa: Luciano Cordoval.
Os frutos da construção das BARRAGINHAS já podem ser acompanhados em várias cidades do Brasil onde a população rural tem visto sua dignidade resgatada, sua lavoura produtiva, seus córregos e rios voltarem a ser perenes...
Como reutilizar a água da chuva
Segundo dados do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a chuva, devidamente acumulada e tratada em regiões com grande índice pluviométrico, poderia suprir cerca de 100% da água de um lar. Entretanto, é preciso conhecimento e controle para reaproveitá-la, pois a água pode conter sujeiras acumuladas e bactérias causadoras de doenças.

Desde o dia 2 de janeiro deste ano, tornou-se obrigatório em todo o estado de São Paulo o uso de sistemas que captem as águas pluviais contidas em áreas descobertas com mais de 500 m2. Telhados, coberturas, terraços e pavimentos, em lotes edificados ou não terão que adotar um fim para a água reservada.

Pela lei, a água captada pode ter três destinos: infiltração no solo; despejo na rede pública após uma hora de chuva; e utilização para finalidades não potáveis. A Lei Estadual 12.526/2007 foi promulgada pela Assembléia Legislativa, como forma de prevenção às enchentes e inundações, além de contribuir para a racionalização do uso da água tratada.

É importante ressaltar que o consumo direto e o uso no preparo de alimentos e na higiene pessoal de água da chuva não é recomendado. Entretanto existe uma série de utilidades para ela, confira:
Uso nos serviços diários: se for previamente filtrada, a água pode ser utilizada para reserva de incêndio, irrigação de gramados e plantas, controle de poeira e lavar pisos, carros, calçadas etc.

Instalação de cisternas:
tanto nas casas como nos edifícios, o reservatório subterrâneo recebe e conserva as águas pluviais. Sem luz e calor, retarda-se a ação das bactérias. O efeito da retenção nas cisternas também diminui o problema das canalizações, galerias e estações de tratamento de esgoto, sempre muito prejudicadas pelas fortes chuvas.

Reservatórios para descargas sanitárias:
para reutilizar a água, o ideal é que o reservatório fique logo abaixo do telhado, recolhendo a chuva e direcionando-a diretamente para os banheiros. Assim, economiza-se também a energia, já que não é necessário bombear água para a caixa d’água.

Filtro de areia:
as águas pluviais são purificadas por meio de filtros compostos de substâncias encontradas na natureza, como areia, brita e carvão.

'Barraginhas':
na zona rural, uma técnica que pode ser utilizada na captação de águas é a construção de bacias secas, popularmente conhecidas como barraginhas, que são escavações na terra para reter a água da enxurrada, evitando a erosão do solo e o assoreamento de córregos com detritos trazidos por ela. A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) pretende criar "barraginhas urbanas" em gramados de cidades, construindo um poço coberto por uma pedra porosa. Ela absorve a água e evita a formação de enxurradas.



Fonte: CONPET (é um Programa do Ministério de Minas e Energia coordenado por representantes de órgãos do Governo Federal, da iniciativa privada e gerido com recursos técnicos, administrativos e financeiros da Petrobras S.A.)
UM POUCO DA HISTÓRIA DAS BARRAGINHAS...
Em 1976 visitando Israel, em uma excursão de fim de semana (nos intervalos de um curso) pelo deserto do Neguev, o guia parou o ônibus e disse: estão vendo aqueles pontos verdes lá longe? São capões de eucaliptos. Eles fazem umas pequenas barragens e largam lá, e é possível chover aqui de 100 a 150mm/ano, caindo às vezes em apenas uma semana/ano provocando enchentes e ai são colhidas e armazenadas no perfil do solo após infiltrarem e na superfície forma-se uma lama temporária.
Ai são plantadas mudas de eucaliptos e suas raízes vão atrás da água, a 1m, 5m, 10m... até chegar a próxima chuva no ano seguinte.
Ou até dois anos depois, e agüentam...
Esta sementinha ficou guardada em minha mente, na memória do "PC", não anotei nada...E em 1982 trabalhando em uma propriedade do Dr. Gabriel Andrade, um dos donos da construtora Andrade Gutierrez, localizada no semi-árido mineiro na fazenda Colonial em Janaúba-MG, me deparei com um flagrante...
Era 27 de dezembro de 1982, durante 10 meses não havia caído uma gota de chuva, as pastagens da fazenda morreram todas, estavam despeladas... Eu estava em Cabo Frio passando férias com a minha família e recebi um telefonema do Gabriel Andrade, me pedindo para ao voltar de férias, fosse à fazenda para ver o que aquela chuva de 40mm no dia 27/dez. havia provocado...Que andasse a cavalo com o gerente da fazenda o colega Ivonei, hoje prefeito reeleito de Janaúba...Era praxe sobrevoar as fazendas, debruçar em plantas topográficas, plantas aero-fotogramétricas, traçar planos e checar no campo montado a cavalo...
E fomos pro campo uns dez dias depois e aqui se aplica aquela frase que "nada é por acaso". Andamos pra cá, andamos pra lá, seguindo as partes mais úmidas, onde as enxurradas correram. E deparamos com uma "luz" de idéia. Numa enxurrada bem suave, quase imperceptível, numa erosão transversal ao escorrimento normal da água, formou-se uma fissura pelo deslocamento da terra e barrou naturalmente este fluxo, formando-se um lago, descobrimos um tesouro, tropeçamos com um tesouro...
LUCIANO CORDOVAL
(O "pai" das Barraginhas)

 "Todas as vezes que vou a Bambuí Dona Terezinha tem uma surpresa para nós do projeto barraginhas. Desta vez foi este cenário montado em sua célebre jabuticabeira, pioneira das barraginhas artesanais para quintais urbanos!!!

Inspirada em um jornal, sua filha Daisy ,que trabalha em Contagem-MG, trouxe a idéia e adaptaram à sua jabuticabeira. Elas convidaram crianças, netos e netas de dona Terezinha, mais os amiguinhos de escola, para fazerem composições, poesias, pegar textos, etc... sobre a cidade, água, dia dos pais, mães, avós, natureza, etc. E os textos seriam colocados dentro de garrafas PET, protegidos das chuvas e dependuradas na jabuticabeira. E saiu esta obra prima, este cenário enriquecendo mais a história das barraginhas de dona Terezinha e seu Ernani.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Escrito por Ascom INSA   
Confira abaixo artigo escrito pelo diretor geral do Serviço Florestal Brasileiro, do Ministério do Meio Ambiente, Antonio Carlos Hummel. 
Os produtos madeireiros e não-madeireiros das florestas brasileiras são partes indissociáveis de várias cadeias de produção no país. A Floresta Amazônica, por exemplo, atende a uma demanda de, aproximadamente, 25 milhões de m³/ano de madeira nativa. A Caatinga, por sua vez, atende a uma demanda de cerca de 28 milhões de estéreis de lenha, principalmente para fins energéticos.
 O problema é que parte disso vem de exploração predatória ou do avanço da fronteira agropecuária, que converte a floresta em área agricultável, a preços de liquidação. Se essa exploração desordenada persistir, perderemos as florestas e a oportunidade de viabilizar uma economia florestal genuína, que distribua renda e promova o desenvolvimento. 
Sustentabilidade: O manejo florestal sustentável é uma das saídas que podem equacionar a questão. Metodologia aperfeiçoada há décadas pela pesquisa, dá garantias às demandas de mercado, evitando o desmatamento e mantendo os serviços ambientais.  
O segredo está na exploração, por ciclos de até trinta anos (na Amazônia), que respeitem a regeneração da floresta. Em biomas não-amazônicos, esse ciclo pode ser adaptado. 
Segundo o Ibama, existem, na Amazônia, mais de 11 milhões de ha de terras privadas legalizadas, que podem receber manejo sustentável. Área suficiente para oferecer de 8 a 10 milhões de m³ de madeira, de forma sustentável, que cobriria um terço da demanda de madeira nativa. 
Concessões Florestais: O Governo Federal já oferece a oportunidade de manejo de áreas de florestas públicas, por concessão de uso sustentável de até 40 anos, graças à aprovação pelo Congresso Nacional da Lei de Gestão de Florestas Públicas, que criou o Serviço Florestal Brasileiro. Os processos de concessão já começaram.  
Em 2008, 96 mil ha de florestas foram licitados em Rondônia. E, no primeiro semestre de 2009, pelo menos outros 130 mil serão destinados no Pará. Os governos do Pará, Acre e Amazonas também estão programando concessões florestais. 
O manejo florestal não é só uma boa iniciativa para atrair investimentos, ele também garante geração de renda para as comunidades locais.  
Um exemplo, na Floresta Nacional do Tapajós, PA, o Projeto Ambé, de manejo florestal comunitário, garante renda para moradores de cerca de 20 comunidades. Os cooperados manejam, além da madeira, produtos não-madeireiros, como frutos, óleos, etc. 
Regularização Fundiária: O manejo florestal sustentável é um dos eixos da política do MMA, para tratar da conservação florestal, o outro é a regularização fundiária. Por meio dela, o desmatamento pode ser mais bem controlado.  
E, com as propriedades legalizadas, uma produção regular de madeireiros e não-madeireiros poderá se estabelecer. Com isso, outra parte da enorme demanda por produtos florestais poderá ser atendida. 
O Governo Federal oferece linhas de créditos, através da Propflora do BNDES, para a produção florestal, com juros de 6,75% a.a., e que, ainda, podem ser investidas na recuperação de reserva legal, ativando-a para a produção. 
O empreendedor precisa pensar na melhoria dos processos tecnológicos. Diminuir perdas é fundamental. Há várias iniciativas de sucesso no MT e PA. Empresários, que antes se limitavam a produzir tábuas, modernizaram seus equipamentos e capacitaram pessoal, e estão fabricando tacos e outros produtos, que agregam valor e diversificam o mercado. 
Caatinga: Outros biomas florestais fornecem matéria-prima para as cadeias produtivas. Na caatinga, por exemplo, cerca de 28 milhões de estéreis de lenha/ano são consumidos de forma insustentável, para consumo doméstico e para atender à demanda de lenha e carvão de polos gesseiros e cerâmicos.  
Estima-se que o comércio de carvão vegetal e lenha movimentem, juntos, cerca de R$ 700 mil por ano. A boa notícia é que pesquisas recentes provaram que o manejo da caatinga é ambientalmente viável.  
A Rede de Manejo Floresta da Caatinga, apoiada pelo GEF Caatinga/MMA e com a participação das universidades federais de Pernambuco e Campina Grande, há décadas pesquisa o uso sustentável do bioma. No mês de março, a iniciativa recebeu o prêmio Energy Globe Award, um dos mais importantes reconhecimentos mundiais de iniciativas ligadas ao uso sustentável dos recursos naturais e à energia renovável.  
O “Manejo Florestal para a Produção Sustentável de Lenha em Assentamentos Rurais do Semi-árido Nordestino”, realizado pela ONG Associação Plantas do Nordeste/APNE, parceira do Serviço Florestal Brasileiro, foi selecionada entre 769 concorrentes de 11 países.  
Esse reconhecimento mostra que o Ministério do Meio Ambiente está no caminho certo quando apóia o manejo sustentável do bioma. Dados de 2007 apontam que cerca de 80 mil ha estão sobe regime de manejo ativo. 

Peça-chave: O uso sustentável dos recursos florestais deve ser considerado uma forma de inovação do setor industrial brasileiro. E o Brasil, como nação megaflorestal, tem que saber gerenciar esses recursos, de forma estratégica. O Serviço Florestal Brasileiro sabe disso e vai além. 
Aposta que o manejo florestal sustentável seja peça-chave para a perenidade dessas riquezas. Valorizadas, as florestas geram os próprios recursos, que serão investidos na sua conservação e manutenção dos serviços ambientais, por elas garantidos.   www.insa.gov.br



INSA-INSTITUTO NACIONAL DO SEMIÁRIDO

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“Viabilizar soluções interinstitucionais para desafios de articulação, pesquisa, formação, difusão e políticas para o desenvolvimento sustentável do Semiárido brasileiro, a partir de uma filosofia que assume a semiaridez como vantagem.”  ww.insa.gob.br

IMPACTOS AMBIENTAIS - URBANOS NO BRASIL

Entende-se por impactos ambientais os efeitos decorrentes de alterações que sejam causadas pela ação do homem ou pelas atividades naturais, sobre o meio ambiente. Não importa se os efeitos sejam benéficos ou não, de qualquer forma as conseqüências são chamadas de impactos ambientais. Bem que gostaríamos de ler nos noticiários, matérias com relatos de algum impacto ambiental de saldo positivo, ou seja, que tenha beneficiado o meio ambiente, mas parece que isto é bastante raro, ainda que não seja impossível.
Urbanos
Urbanos
Os constantes Avanços Tecnológicos, bem como a ciência em todas as suas formas de expressão podem e devem ser utilizados em defesa do Espaço Natureza, do qual se pretende fazer uso, sempre buscando minimizar ou preferencialmente neutralizar conseqüências maléficas ao nosso planeta, que já se encontra imensamente maltratado pelas ações inescrupulosas da humanidade. Talvez quando chegarmos à consciência do quanto e de Como Nós Somos Pequenos diante da grandeza deste universo, possamos nos redimir, se ainda houver tempo.
Impacto Ambientais
Impacto Ambientais
Aqui no Brasil o CONAMA – Conselho Nacional de Meio Ambiente – instituiu através de sua política ambiental, o Estudo de Impacto Ambiental, que nada mais é do que um instrumento com o intuito de avaliar, através de técnicas especializadas e profissionais competentes, os efeitos de toda e qualquer intervenção ao Meio Ambiente. Só depois deste detalhado estudo dos impactos ambientais, e dependendo dos resultados, é que se obtém licença para a realização do pretenso empreendimento. Da mesma forma que uma empresa publica ou privada realiza um impacto financeiro antes de realizar determinadas atividades, buscando prever situações que podem ser irreversíveis, o Estudo de Impacto Ambiental busca proteger a natureza das ambições do homem, para a segurança do próprio homem. Dependendo do tipo de empreendimento a ser construído são levados em contas os aspectos referentes à Poluição do Ar bem como a Poluição da Água dentre muitos outros aspectos que não citamos aqui.
Brasil
Brasil
Algumas das atividades nas quais é exigido o EPIA – Estudo Prévio do Impacto Ambiental –, o EIA – Estudo de Impacto Ambiental e finalmente um RIMA que é um Relatório de Impacto Ambiental, além de projetos do empreendimento, previsões pertinentes, etc., são: aeroportos, estradas de rodagem, ferrovias, redes de energia elétrica, oleodutos, distritos industriais, etc. No caso de extração de petróleo, por exemplo, diversas vezes já ocorreram desastres ecológicos de gravíssimas proporções, dos quais a natureza nem sempre consegue se recuperar, ou mesmo que consiga pode levar muito tempo para isso, o que é bem diferente dos chamados Desastres Naturais, para os quais já há uma reação natural no meio ambiente. Além deste exemplo poderíamos citar muitos outros, mas enfim, o principal objetivo dos estudos dos impactos ambientais está em pesquisar sobre os possíveis danos que a natureza poderá sofrer, todas as Formas de Poluição devem ser estudadas, sempre buscando a Proteção do Meio Ambiente, afinal Preservando a Natureza estamos preservando nossas vidas.                                                                    www.culturamix.com/meio-ambiente/manifestaçoes/impactos-ambientais

IMPACTOS AMBIENTAIS

Impactos Ambientais

A Transformação do Ambiente Natural em Urbano

Antes da existência dos centros urbanos, onde hoje eles se erguem, o ambiente era composto por florestas, campos e cursos d'água. Em conjunto e convivendo harmoniosamente com a vegetação, a água e outros elementos naturais, existiam inúmeros animais silvestres.

Atualmente, a maioria da população mora em cidades, obedecendo a uma tendência de concentração que somente tende a crescer. Isto acarretou algumas modificações ao sistema natural, como a impermeabilização do solo por pavimentação e construções, a utilização maciça de materiais como concreto, vidro, ferro, asfalto e cerâmica, a redução drástica da cobertura vegetal e o aumento da poluição atmosférica, hídrica, visual e sonora. Como conseqüência, o padrão do ambiente urbano tornou-se muito inferior àquele necessário para dar condições de vida humana mais adequadas. Entretanto, se o processo de urbanização é irreversível, o que se deve buscar é tornar este ambiente urbano o mais próximo possível do ambiente natural, compatibilizando o desenvolvimento com a preservação ambiental e proporcionando uma melhor qualidade de vida à população do município. 
www.rge-rs.com.br/gestao_ambiental/



domingo, 7 de agosto de 2011

SEMIÁRIDO