"SEMI ÁRIDO VIÁVEL"
Um projeto que está mudando a face da seca no Semi-árido e no Cerrado de nosso país. Ele é fruto da dedicação e criatividade de um brasileiro, o engenheiro agrônomo da Embrapa: Luciano Cordoval.
Os frutos da construção das BARRAGINHAS já podem ser acompanhados em várias cidades do Brasil onde a população rural tem visto sua dignidade resgatada, sua lavoura produtiva, seus córregos e rios voltarem a ser perenes...
Os frutos da construção das BARRAGINHAS já podem ser acompanhados em várias cidades do Brasil onde a população rural tem visto sua dignidade resgatada, sua lavoura produtiva, seus córregos e rios voltarem a ser perenes...
Como reutilizar a água da chuva
Segundo dados do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a chuva, devidamente acumulada e tratada em regiões com grande índice pluviométrico, poderia suprir cerca de 100% da água de um lar. Entretanto, é preciso conhecimento e controle para reaproveitá-la, pois a água pode conter sujeiras acumuladas e bactérias causadoras de doenças.
Desde o dia 2 de janeiro deste ano, tornou-se obrigatório em todo o estado de São Paulo o uso de sistemas que captem as águas pluviais contidas em áreas descobertas com mais de 500 m2. Telhados, coberturas, terraços e pavimentos, em lotes edificados ou não terão que adotar um fim para a água reservada.
Pela lei, a água captada pode ter três destinos: infiltração no solo; despejo na rede pública após uma hora de chuva; e utilização para finalidades não potáveis. A Lei Estadual 12.526/2007 foi promulgada pela Assembléia Legislativa, como forma de prevenção às enchentes e inundações, além de contribuir para a racionalização do uso da água tratada.
É importante ressaltar que o consumo direto e o uso no preparo de alimentos e na higiene pessoal de água da chuva não é recomendado. Entretanto existe uma série de utilidades para ela, confira:
Uso nos serviços diários: se for previamente filtrada, a água pode ser utilizada para reserva de incêndio, irrigação de gramados e plantas, controle de poeira e lavar pisos, carros, calçadas etc.
Instalação de cisternas:
tanto nas casas como nos edifícios, o reservatório subterrâneo recebe e conserva as águas pluviais. Sem luz e calor, retarda-se a ação das bactérias. O efeito da retenção nas cisternas também diminui o problema das canalizações, galerias e estações de tratamento de esgoto, sempre muito prejudicadas pelas fortes chuvas.
Reservatórios para descargas sanitárias:
para reutilizar a água, o ideal é que o reservatório fique logo abaixo do telhado, recolhendo a chuva e direcionando-a diretamente para os banheiros. Assim, economiza-se também a energia, já que não é necessário bombear água para a caixa d’água.
Filtro de areia:
as águas pluviais são purificadas por meio de filtros compostos de substâncias encontradas na natureza, como areia, brita e carvão.
'Barraginhas':
na zona rural, uma técnica que pode ser utilizada na captação de águas é a construção de bacias secas, popularmente conhecidas como barraginhas, que são escavações na terra para reter a água da enxurrada, evitando a erosão do solo e o assoreamento de córregos com detritos trazidos por ela. A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) pretende criar "barraginhas urbanas" em gramados de cidades, construindo um poço coberto por uma pedra porosa. Ela absorve a água e evita a formação de enxurradas.
Fonte: CONPET (é um Programa do Ministério de Minas e Energia coordenado por representantes de órgãos do Governo Federal, da iniciativa privada e gerido com recursos técnicos, administrativos e financeiros da Petrobras S.A.)
Desde o dia 2 de janeiro deste ano, tornou-se obrigatório em todo o estado de São Paulo o uso de sistemas que captem as águas pluviais contidas em áreas descobertas com mais de 500 m2. Telhados, coberturas, terraços e pavimentos, em lotes edificados ou não terão que adotar um fim para a água reservada.
Pela lei, a água captada pode ter três destinos: infiltração no solo; despejo na rede pública após uma hora de chuva; e utilização para finalidades não potáveis. A Lei Estadual 12.526/2007 foi promulgada pela Assembléia Legislativa, como forma de prevenção às enchentes e inundações, além de contribuir para a racionalização do uso da água tratada.
É importante ressaltar que o consumo direto e o uso no preparo de alimentos e na higiene pessoal de água da chuva não é recomendado. Entretanto existe uma série de utilidades para ela, confira:
Uso nos serviços diários: se for previamente filtrada, a água pode ser utilizada para reserva de incêndio, irrigação de gramados e plantas, controle de poeira e lavar pisos, carros, calçadas etc.
Instalação de cisternas:
tanto nas casas como nos edifícios, o reservatório subterrâneo recebe e conserva as águas pluviais. Sem luz e calor, retarda-se a ação das bactérias. O efeito da retenção nas cisternas também diminui o problema das canalizações, galerias e estações de tratamento de esgoto, sempre muito prejudicadas pelas fortes chuvas.
Reservatórios para descargas sanitárias:
para reutilizar a água, o ideal é que o reservatório fique logo abaixo do telhado, recolhendo a chuva e direcionando-a diretamente para os banheiros. Assim, economiza-se também a energia, já que não é necessário bombear água para a caixa d’água.
Filtro de areia:
as águas pluviais são purificadas por meio de filtros compostos de substâncias encontradas na natureza, como areia, brita e carvão.
'Barraginhas':
na zona rural, uma técnica que pode ser utilizada na captação de águas é a construção de bacias secas, popularmente conhecidas como barraginhas, que são escavações na terra para reter a água da enxurrada, evitando a erosão do solo e o assoreamento de córregos com detritos trazidos por ela. A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) pretende criar "barraginhas urbanas" em gramados de cidades, construindo um poço coberto por uma pedra porosa. Ela absorve a água e evita a formação de enxurradas.
Fonte: CONPET (é um Programa do Ministério de Minas e Energia coordenado por representantes de órgãos do Governo Federal, da iniciativa privada e gerido com recursos técnicos, administrativos e financeiros da Petrobras S.A.)
UM POUCO DA HISTÓRIA DAS BARRAGINHAS...
Em 1976 visitando Israel, em uma excursão de fim de semana (nos intervalos de um curso) pelo deserto do Neguev, o guia parou o ônibus e disse: estão vendo aqueles pontos verdes lá longe? São capões de eucaliptos. Eles fazem umas pequenas barragens e largam lá, e é possível chover aqui de 100 a 150mm/ano, caindo às vezes em apenas uma semana/ano provocando enchentes e ai são colhidas e armazenadas no perfil do solo após infiltrarem e na superfície forma-se uma lama temporária.
Ai são plantadas mudas de eucaliptos e suas raízes vão atrás da água, a 1m, 5m, 10m... até chegar a próxima chuva no ano seguinte.
Ou até dois anos depois, e agüentam...
Ai são plantadas mudas de eucaliptos e suas raízes vão atrás da água, a 1m, 5m, 10m... até chegar a próxima chuva no ano seguinte.
Ou até dois anos depois, e agüentam...
Esta sementinha ficou guardada em minha mente, na memória do "PC", não anotei nada...E em 1982 trabalhando em uma propriedade do Dr. Gabriel Andrade, um dos donos da construtora Andrade Gutierrez, localizada no semi-árido mineiro na fazenda Colonial em Janaúba-MG, me deparei com um flagrante...
Era 27 de dezembro de 1982, durante 10 meses não havia caído uma gota de chuva, as pastagens da fazenda morreram todas, estavam despeladas... Eu estava em Cabo Frio passando férias com a minha família e recebi um telefonema do Gabriel Andrade, me pedindo para ao voltar de férias, fosse à fazenda para ver o que aquela chuva de 40mm no dia 27/dez. havia provocado...Que andasse a cavalo com o gerente da fazenda o colega Ivonei, hoje prefeito reeleito de Janaúba...Era praxe sobrevoar as fazendas, debruçar em plantas topográficas, plantas aero-fotogramétricas, traçar planos e checar no campo montado a cavalo...
E fomos pro campo uns dez dias depois e aqui se aplica aquela frase que "nada é por acaso". Andamos pra cá, andamos pra lá, seguindo as partes mais úmidas, onde as enxurradas correram. E deparamos com uma "luz" de idéia. Numa enxurrada bem suave, quase imperceptível, numa erosão transversal ao escorrimento normal da água, formou-se uma fissura pelo deslocamento da terra e barrou naturalmente este fluxo, formando-se um lago, descobrimos um tesouro, tropeçamos com um tesouro...
LUCIANO CORDOVAL
(O "pai" das Barraginhas)
(O "pai" das Barraginhas)
"Todas as vezes que vou a Bambuí Dona Terezinha tem uma surpresa para nós do projeto barraginhas. Desta vez foi este cenário montado em sua célebre jabuticabeira, pioneira das barraginhas artesanais para quintais urbanos!!!
Inspirada em um jornal, sua filha Daisy ,que trabalha em Contagem-MG, trouxe a idéia e adaptaram à sua jabuticabeira. Elas convidaram crianças, netos e netas de dona Terezinha, mais os amiguinhos de escola, para fazerem composições, poesias, pegar textos, etc... sobre a cidade, água, dia dos pais, mães, avós, natureza, etc. E os textos seriam colocados dentro de garrafas PET, protegidos das chuvas e dependuradas na jabuticabeira. E saiu esta obra prima, este cenário enriquecendo mais a história das barraginhas de dona Terezinha e seu Ernani.
Inspirada em um jornal, sua filha Daisy ,que trabalha em Contagem-MG, trouxe a idéia e adaptaram à sua jabuticabeira. Elas convidaram crianças, netos e netas de dona Terezinha, mais os amiguinhos de escola, para fazerem composições, poesias, pegar textos, etc... sobre a cidade, água, dia dos pais, mães, avós, natureza, etc. E os textos seriam colocados dentro de garrafas PET, protegidos das chuvas e dependuradas na jabuticabeira. E saiu esta obra prima, este cenário enriquecendo mais a história das barraginhas de dona Terezinha e seu Ernani.