domingo, 7 de agosto de 2011

O SEMIÁRIDO


O Semiárido
O Semiárido brasileiro, cenário geográfico onde ocorrem as secas, também chamado não tecnicamente de "Sertão", abrange os seguintes Estados do Brasil: Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, além do Vale do Jequitinhonha, no Norte de Minas Gerais, e parte da região Norte do Espírito Santo. Trata-se de uma área onde o regime pluvial é irregular, com 400 a 800mm anuais, seus solos são rasos, com ocorrência de vegetação do tipo xerófila, resitente a longos períodos de estiagem. Estas condições intrínsecas de solo e água servem de base para a sua classificação em zonas de: caatingas, seridó, carrasco e agreste. As estiagens prolongadas ocorrem ciclicamente, trazendo efeitos nocivos sobre a economia da região e acarretando com isto, custos sociais elevados. A economia do Semiárido, ainda que mais industrializada hoje do que há anos atrás, está baseada no setor primário. Um complexo de pecuária extensiva e agricultura de baixo rendimento. Estados Integrantes do Semiárido Crédito Rural Crédito Rural é uma linha de crédito que disponibiliza ao produtor, cooperativa ou empresa rural recursos para custeio, investimento e comercialização de produtos agrícolas. Ele estimula os investimentos, garante o valor de custeio da produção e comercialização e, consequentemente, fortalece o setor rural. Além disso, ele permite o desenvolvimento de tecnologias que irão promover a melhoria da produtividade e o aumento da produção.

Quem são os beneficiários?
O Crédito Rural pode ser solicitado por produtores ou empresas agropecuárias de diversas modalidades como: pesquisa, produção de mudas e sementes, inseminação artificial, serviços mecanizados, produção de grãos, criação de animais, entre outras.

Quais são as exigências?
As exigências para obtenção do Crédito Rural variam de acordo com a instituição financiadora. Algumas exigências são comuns como: a idoneidade do tomador, a elaboração de planos ou projetos com orçamentos, a capacitação de execução e um cronograma de desembolso e reembolso do valor tomado.

Quais são as garantias?
As garantias podem variar de acordo com a penhora de produção, bens imóveis, hipoteca comum, finança ou qualquer outro bem permitido pelo Conselho Monetário Nacional. A liberação do crédito normalmente se dá de acordo com o cronograma financeiro do projeto.

Como efetuar o pagamento?
O pagamento (à vista ou parcelado) é realizado após um período de carência, que varia de acordo com cultura ou criação e a atividade realizada e é programado de acordo com a capacidade de receita durante as épocas de produção. As taxas de juros utilizadas no crédito rural são, em geral, mais baixas que em financiamentos de outras modalidades e são determinadas pela instituição financiadora.

Quais são as modalidades da operação?
Custeio: destina-se a cobrir despesas normais dos ciclos produtivos como aquisição de bens e insumos, suplemento do capital de trabalho, além de atender às pessoas dedicadas à extração de produtos vegetais. Investimentos: destina-se às aplicações em bens ou serviços, cujo desfrute se estenta por vários períodos de produção. Comercialização: destina-se a assegurar ao produtor ou cooperativas os recursos necessários à colocação de seus produtos no mercado, podendo compreender a pré-comercialização, os descontos de Nota Promissória Rural e o Empréstimo do Governo Federal (EGF).
O INSA, querendo ser uma Instituição de pesquisas consequentes para o povo das terras secas, está empenhado na construção do “Centro de Pecuária de Múltipla Função do NE”, pensando em avaliações complementares, para um Programa de Difusão regional de elementos biológicos – plantas e animais – afinados com a natureza peculiar do nosso clima e nossa circunstância sóciocultural. Consciente que Pecuária é a atividade produtiva essencial em nossas majoritárias terras de chuva irregular, ocupase, prioritariamente, com os ruminantes: a parte de Bovinos, na Fazenda de sua sede, em Campina Grande e a de Caprinos/Ovinos, noutra área do Cariri Velho, em fase de aquisição e planejamento.A identificação das forrageiras adequadas e a produção básica de suas sementes, é um processo paralelo, intrínseco. A revogação da pobreza rural do NE, há de começar pelas bases.A prioridade natural do uso da terra e a harmonia necessária entre os animais e o ambiente, aponta para a concepção de sistemas de produção específicos, permanentes, que devem começar pela escolha das raças apropriadas, sejam de animais, sejam de vegetais.A nossa Caatinga natural é rica. Carece de maiores estudos, visando a perenização do seu extrato herbáceo e a racionalização do seu uso. Dos ruminantes de médio porte, fixamo-nos na preservação e multiplicação das diferenciadas cabras e ovelhas nacionais, nativas do Nordeste seco, portadoras de funções produtivas múltiplas, para leite, pele e carnes. São as cabras de pelos curtos, vivazes, e as prolíficas ovelhas deslanadas, de pele e carne superlativas. Dos bovinos, escolhemos, e somente, os rústicos e definidos zebuínos, originários dos pré-desertos da Ásia, produtores de leite rico, de incrível competência para digerir material fibroso e dotados de carcaça enxuta, com carnes sadias. Paralelamente ao Guzerá e ao Sindi, adotamos o Pé duro do Piauí, adaptado ao semiárido desde o período colonial, já nordestino versus brasileiro, como nós, de grande potencial produtivo, a baixos custos.A Embrapa Meio Norte, em sua Fazenda Experimental “Otavio Domingues”, situada em São João do Piauí,
promoveu, com o gado Pé duro, um importante trabalho de Conservação de Recursos Genéticos, liderado pelo seu eminente profissional José Herculano de Carvalho.
Mediante um acerto de trabalho conjunto com a Embrapa e a colaboração da Associação Brasileira de Criadores de Pé duro (Teresina – PI), o INSA acolheu, desde 25 de Agosto último, em sua Fazenda Lagoa Bonita (adquirida e cedida pela compreensão do Governo da Paraíba), um rebanho composto por 39 matrizes e 4 reprodutores. O trabalho integrado dos parceiros conveniados, estará voltado para o melhoramento funcional e seleção inovadora, através de controles zootécnicos, desse importante acervo preservado, de admirável frugalidade e sintonia fisiológica com os caprichos de nossa Natureza, num ajuste de cinco séculos.Esse gado de porte racional, além da dimensão zootécnica, faz parte da história de vida dos nordestinos; forneceu leite, couro, carne e trabalho aos nossos antepassados, inserindo-se em nosso patrimônio sóciocultural.
O Pé duro, também chamado Curraleiro no Centro-Oeste, teve sua origem na Península Ibérica, introduzido no Brasil pelos colonizadores. Atualmente, seu couro qualificado, seu leite enriquecido e sua carne diferenciada, enquanto servem a modestos criadores dispersos nos sertões, despertam a atenção de pessoas melhor esclarecidas, em busca de um selo de qualidade que proteja a origem dos produtos derivados do Pé duro, valorizando-os comercialmente.
Instituto Nacional do Semi-Árido - INSA
http://www.insa.gov.br Fornecido por Joomla! Produzido em: 7 August, 2011, 09:44

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